A REFORMA ÍNTIMA
Cometemos erros em passados longínquos, e os cometemos também nesta encarnação. Quando não seguimos a programação pela qual optamos antes de reencarnarmos os espíritos vão tentando nos ajudar suavizando os nossos tropeços sempre que possível.
Mas os espíritos não podem interferir em nossas escolhas. Assim, teremos que passar pelas coisas que nos caibam passar. Por isso, o mais adequado não é dizer que “merecemos” isso ou aquilo, mas, sim, dizer que “precisamos passar” por isso ou aquilo.
Os hindus costumam dizer que se conseguirmos trabalhar a vida inteira para sanear um erro, um vício, um “pecado”, a reencarnação já terá valido a pena.
Assim, se pudermos descobrir em nós qual é um de nossos “pecados favoritos” (por exemplo, a gula, a inveja, a soberba, dentre outros) e trabalharmos para vencê-lo até o final desta presente vida, nós já teremos feito valer a nossa encarnação.
Isso porque, ao vencermos esse erro/vício/pecado, também eliminamos muitos outros vícios que orbitavam ao redor do vício principal. Por exemplo, o orgulhoso em geral também é egoísta. Portanto, deixando-se de ser orgulhoso, o egoísmo será eliminado.
Somente conseguimos (ainda que com muita dificuldade) remodelarmos as nossas condutas quando estamos já preparados para a mudança.
Sabendo-se, portanto, que a eliminação das nossas arestas é resultado de uma mudança interior – que se reflete no exterior – a ser conquistada, no momento certo, com muito empenho e resiliência (agir como bambu, que se curva ao vento, mas sem se quebrar), não devemos minimizar as práticas de vida das outras pessoas, pois cada pessoa tem uma missão, tem algo que tem de fazer nessa vida, para que, com isso, evolua espiritualmente e ajude os demais ao seu entorno a evoluírem também.
Transcrição: Beatriz
Autor: Tupinambá
← Retornar à pagina inicial