NA DÚVIDA, ENTREGUE A DEUS!

Toda vez que alguém nos prejudica, temos a oportunidade de desenvolver o perdão ou sucumbirmos aos sentimentos de vingança. Se soubermos agir com sabedoria, isso pode nos render bons frutos.

Se fizermos a escolha errada, isso nos acarretará uma dívida a pagar futuramente. Muitas vezes ficamos em dúvida se realmente estamos agindo em autodefesa ou com a intenção de prejudicar alguém. 

Quando estamos com raiva ou nos sentindo injustiçados, a forma mais inteligente de agir, antes de realizar a “justiça” com as próprias mãos, é pedir para que Deus realize a Sua justiça, como a bíblia nos ensina:

“Ó Senhor Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente.” (Salmos 94:1)

Devemos confiar na justiça divina, pois não temos total compreensão para julgar com imparcialidade e profundidade as atitudes de nossos irmãos. Somente Aquele que nos criou possui todas as ferramentas para isso:

“Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?

Aquele que argui os gentios não castigará? E o que ensina ao homem o conhecimento, não saberá?” (Salmos 94:9,10)

Como umbandistas, devemos entender que julgamentos precipitados podem gerar karma e que iremos, de uma forma ou de outra, colher aquilo que plantamos. Uma vingança disfarçada de autodefesa pode nos prejudicar muito, tanto nesta vida, como em vidas futuras.

Quanto karma não teria sido criado pelos fariseus ao querer condenar a morte Pedro, outros discípulos e todos aqueles que estavam difundindo os ensinamentos de Cristo em Jerusalém após a sua morte, não fosse o discurso de Gamaliel, um respeitado mestre da lei entre os fariseus:

“Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo, mandou que por um pouco levassem para fora os apóstolos;

E disse-lhes: Homens israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens,

Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada.

Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.

E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará,

Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus.

E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir.” (Atos 5:34-40)

Imagine a magnitude do karma que Gamaliel evitou para seus irmãos apenas com um discurso feito em menos de 2 minutos. Nesse caso, ele provou aos próprios fariseus que a sabedoria consistia em deixar que Deus julgasse as questões nas quais eles tinham dúvidas e que poderiam gerar grandes prejuízos a eles, caso estivessem errados.

Mas como sabemos se realmente a nossa atitude é um ato de autodefesa ou uma vingança?

Devemos confiar sempre que Deus, em sua criação, plantou uma sementinha do discernimento dentro de nós. Mas, de modo que essa intuição nos dê a resposta correta, precisamos estar calmos e dispostos a reconhecer a verdade e os nossos defeitos, para que, de forma conscienciosa, saibamos escolher a atitude correta, seja ela a ação com firmeza ou a entrega nas mãos de Deus.

Na dúvida, entregue nas mãos de Deus.

TUCTVC – Tenda de Umbanda Caboclo Tupinambá e Vó Catarina

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Imagem de Simy27 por Pixabay