Na África é conhecida apenas como Oyá, que vem a ser o mesmo nome do rio mais importante da Nigéria, o Níger. Apesar de seu nome original ter vindo do rio, isto não deve confundir seu elemento que é o vento.
O nome Iansã tem uma origem curiosa. Iansã teve diversos maridos, entre eles Obaluaê, que lhe deu o poder de encaminhar os espíritos dos mortos (eguns) cada qual para seu destino correto no orun (céu).
Na crença africana o além era composto por 9 espaços, onde os mortos poderiam ser alocados de acordo com seu adiantamento. Estes nove céus iam desde o mais tenebroso limbo até o mais prodigioso paraíso. Pelo dom que recebeu de Obaluaê, cabe a Iansã encaminhar os espíritos dos mortos para seu orun adequado.
Por esse atributo, a orixá ficou conhecida como Oyá Mesan Orun, ou Oyá dos Nove Céus. No Brasil, com o tempo, passou a ser chamada apenas de Oyá Mesan (mãe dos nove) e, depois de mais algum tempo, popularmente e por contração, passou a ser ‘Oyá San’, até finalmente alcançar a forma atual Iansã.
É a orixá dos ventos, da tempestade e do raio, o qual usa com a permissão de Xangô. Guerreira e destemida, Iansã está muito distante dos outros orixás femininos. Está mais no campo destinado às figuras masculinas, como as frentes de batalhas e das constantes aventuras. Está sempre longe de casa, Iansã odeia o trabalho doméstico.
Extremamente sensual, apaixona-se com frequência, por este motivo a lista de parceiros normalmente é grande, mas nunca ao mesmo tempo. É íntegra em suas paixões.
Para Iansã não existe o comum, o medíocre, o regular e nem o discreto. Tudo é um acontecimento, seu ódio é avassalador, seu arrependimento (comum para ela) é dramático. Sempre alcança a vitória nas batalhas que trava, por isso é decisiva em questões de proteção e de demandas.
Alegre, gosta de festas e do convívio social. Gosta de estar em evidência, de se destacar na multidão. É o orixá do arrebatamento, da entrega, da paixão. Autoritária e de temperamento forte, irrequieta, dominadora e impetuosa. Explodem com facilidade e perdoam com a mesma rapidez.
Faz bem tudo a que se dedica, pois se entrega de corpo e alma naquilo que acredita. Representa a liberdade e a liderança.
É muito parecida com Xangô, um de seus maridos. Muitos dizem que Iansã seria uma cópia feminina do orixá da justiça. Xangô foi seu grande amor apesar dele tê-la raptado e roubado de Ogum. O amor de Iansã por Xangô era tamanho, que as lendas dizem que ela o acompanhou mesmo na morte.
Iansã simboliza a força e o poder feminino, a mulher em busca de seu próprio sustento, que deseja um homem para amá-la e não para sustentá-la. É a mulher que enfrenta tudo por seus ideais.
Iansã não aceita submissão e nem qualquer tipo de prisão. Mesmo porque é impossível aprisionar o vento. O vento que pode soprar numa brisa suave ou se tornar um tornado devastador. Iansã não baixa a cabeça para ninguém.
Ao contrário do que muitos dizem, é extremamente fiel se tratada adequadamente. Apesar de melindrosa, possui encanto e sedução da mais extrema feminilidade. Temperamental e muito ciumenta, mas não é possessiva. Inteligente e generosa, odeia injustiças.
Iansã é o ar em movimento que atiça o fogo, que desperta as paixões, que nos move na direção de nossos objetivos.
Também está ligada à fecundidade, mas de forma diferente. As tempestades inundam as terras e as deixam férteis e o vento espalha as sementes para que a vida possa sempre continuar.
Segundo a mitologia ioruba, Iansã transformava-se em búfalo e voltava à condição feminina como queria. Por este motivo os chifres
de búfalo estão ligados fortemente ao seu culto. Foi dessa forma que Iansã foi considerada a deusa da caça e da guerra.
Seus instrumentos são a espada curta (sabre), que usa para guerrear e o eruexim, tipo de rabo de cavalo que usa para movimentar os eguns.
Invocamos Iansã para proteção, principalmente contra entidades femininas encarnadas ou desencarnadas. Para trazer força e disposição. Contra todo o tipo de demanda, para proteger de tempestades. As mulheres podem invocar Iansã para qualquer situação.
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